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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Serpentário...



O 13º Signo zodiacal? Será isso verdade?


:: Graziella Marraccini ::

O Sol move-se em sua órbita aparente com velocidade variável e o plano dessa é inclinado sobre o Equador, razão pela qual os dias verdadeiros não têm todos a mesma duração e, portanto, o tempo verdadeiro não pode servir para uma medida precisa de tempo. Para fins astrológicos, consideramos que o Sol caminha 1º (um grau) por dia, percorrendo assim um Signo zodiacal em 30 dias.


A Esfera Celeste
Da mesma forma que existe a Esfera Terrestre com suas coordenadas, existe uma aparente Esfera Celeste, como um globo imaginário transparente ao redor da Terra e sobre o qual são colocados os outros corpos celestes: estrelas, planetas, galáxias, etc. Repetimos que esta esfera é imaginária, mas, como já foi dito, tudo é visto do ponto de vista do observador que se encontra na Terra.

A Esfera Celeste tem as mesmas coordenadas que a Esfera Terrestre. Assim, os círculos mínimos Terrestres, ou Círculos Polares, irão corresponder aos Círculos Polares Celestes, o Círculo Máximo terrestre, ou Círculo do Equador, irá corresponder ao Equador Celeste e, assim, será para todos os outros círculos que foram colocados de forma imaginária ao redor da Terra e que nos ajudam a localizar qualquer ponto em nosso globo. As Coordenadas Celestes irão nos ajudar a localizar qualquer ponto (estrela, planeta, cometa, etc.) na Esfera Celeste.

Assim, do ponto de vista do observador que está em algum lugar do globo terrestre, o Sol em seu caminho aparente, circula em nossa volta, percorrendo a Esfera Celeste e assim o fazem também todos os outros corpos celestes.

Em seu Caminho na Esfera Celeste o Sol toca 13 das 89 Constelações que são usadas para ligar os pontos luminosos que são observados no Céu.



 

As Constelações e os Signos do Zodíaco
Desde a antigüidade, o homem, levantando a sua cabeça para o céu, começou a indagar o que significavam todos aqueles pontos brilhantes que apareciam desde o momento que o Sol se punha. E, para guiá-los na noite, os homens das primeiras civilizações abriram mão de um artifício.

As chamadas estrelas fixas estão a uma tão enorme distância da Terra que seu movimento fica imperceptível aos olhos humanos, de forma que sua posição no céu leva milhões de anos para se modificar. A humanidade, desde sua origem, sentiu a necessidade de perpetuar imagens de seu cotidiano.

Assim, surgiram os primeiros desenhos de animais que são vistos nas cavernas paleolíticas. Movidos por sua necessidade de se guiarem durante a noite escura do deserto, os povos da antigüidade, especialmente aqueles que viviam entre os rios Tigre e o Eufrates, acharam conveniente ligar entre si aqueles pontos luminosos, representados pelas estrelas fixas e que, aparentemente, poderiam tomar formas de animais ou mesmo de seres legendários. Esta identificação ou classificação feita pelos povos da antigüidade, ainda hoje faz parte de nossa tradição e ajuda os seres humanos a se localizarem, seja em terra ou mar. É lógico que as constelações representam o céu a partir de um determinado ponto de observação da Terra. Se nos localizássemos na Lua ou em Marte, o mesmo desenho não poderia ser aplicado às constelações.


 
De fato, elas são ‘desenhadas’ sobre a abóbada celeste, ou Esfera Celeste, que é representada como um grande globo estelar imaginário em volta da Terra. Das 89 constelações somente 12 são tocadas pelo Sol em seu caminho aparente em volta da Terra. Aliás, 13, pois na realidade existe um pedacinho desta décima-terceira constelação. São elas:

Áries (o bode): que o sol alcança por volta de 18 de Abril;

Touro (o touro): que o sol alcança por volta de 13 de Maio;

Gêmeos (os gêmeos): que o sol alcança por volta de 21 de junho;

Câncer (o caranguejo): que o sol alcança por volta de 20 de julho;

Leão (o leão): que o sol alcança por volta de 10 de agosto;

Virgem (a virgem): que o sol alcança por volta de 16 de setembro;

Libra ou Balança (a balança): que o sol alcança por volta de 30 de outubro;

Escorpião (o escorpião): que o sol alcança por volta de 22 de novembro;

Ophiuchus (o portador de serpente): que o sol alcança por volta de 29 de novembro;

Sagitário (o arqueiro, meio cavalo e meio homem): que o sol alcança por volta de 18 de dezembro;

Capricórnio (meio cabra e meio peixe): que o sol alcança por volta de 19 de janeiro;

Aquário (o portador de água): que o sol alcança por volta de 16 de fevereiro;

Peixes (os peixes): que o sol alcança por volta de 11 de março.

Essas constelações estão colocadas no caminho aparente do Sol, ou seja, por causa do movimento e da inclinação da Terra no seu eixo, o Sol descreve em volta desta um caminho aparente, chamado de elíptica, formando um circulo que é chamado pelos astrônomos e astrólogos de Círculo Zodiacal. A astrologia, por tradição, determinou que esse círculo fosse dividido em Doze Signos de 30° cada uma, descartando assim a possibilidade de considerar Ophiucus, o portador de serpente, cujo desenho inclui somente ‘um pé’ na roda zodiacal. Ophiucus era associado na mitologia Grega ao Deus Esculápio (ou Asclépius), o Deus da Cura. Ainda hoje vemos uma serpente em volta de um bastão como símbolo da medicina, não é mesmo? Ele parece ter se incorporado ao signo de Escorpião e de fato existem muitos psiquiatras neste signo, ou seja, médicos do subconsciente e Marte, o antigo regente de Escorpião é associado aos cirurgiões.

Descartado Ophiucus, às 12 constelações restantes foram dados 30 graus cada, de forma que a divisão em Casas permanecesse igual para todas. A convenção estabeleceu assim um igual valor para todas as doze casas zodiacais. A primeira constelação, Áries, inicia-se em 20 ou 21 de Março, quando o Sol em seu caminho seciona o Equador Celeste. É neste momento que ainda hoje se convenciona o início da Primavera no hemisfério norte e do Outono no hemisfério sul. Este é chamado de Ponto Vernal, a 0° de Áries.

Os astrônomos (e os astrólogos também) consideram que os signos zodiacais estão deslocados na elíptica solar, por causa da precessão dos equinócios. Isto é um fato.

Isto é explicado da seguinte forma: o Ponto Vernal Boreal, ou ponto 0º de Áries, retrograda (anda para trás) sobre a elíptica 50’’26 por ano, fazendo com que o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte, e Outono no Hemisfério Sul, aconteça em anos sucessivos, antes do que ocorreria se o ponto 0º de Áries permanecesse fixo. Da mesma forma, a precessão da longitude acontece porque o eixo da Terra não é fixo, fazendo com que os pólos celestes sigam uma trajetória circular, que completa um ciclo completo aproximadamente em 26.000 anos. Desta forma, o movimento de longitude elíptica das estrelas vai aumentando gradualmente com o tempo porque o ponto zero de referência não permanece estacionário. O ponto que corresponde hoje à nossa estrela Polar (ou Pólo Norte) era na antigüidade marcado pela estrela Alfa da Constelação do Draco (o Dragão).

Ao associar os signos zodiacais com os mitos e arquétipos da antigüidade, especialmente aqueles ligados à mitologia grega, a astrologia deu um significado profundo à interpretação de seus símbolos, que são usados até hoje em nossa astrologia moderna e foi somente no século 18 que a astronomia e a astrologia divergiram em seus estudos. A primeira se afastou do significado oculto dos símbolos mantendo somente os estudos mecanicistas definidos pela ciência.

Num zodíaco primitivo, encontrado numa cova do rio Susfana (no vertente Sul do Monte Atlas), foi encontrado um desenho do zodíaco ao qual foram atribuídos bem 10.000 anos A. C. Neste desenho já se encontrava a representação de uma mandala zodiacal, dividida em 12 partes (múltiplo de quatro), exatamente como a nossa atual. Neste zodíaco, o signo de Peixes era representado por uma Cruz. Por coincidência, sabemos hoje, como este arquétipo serviu e serve ainda a humanidade para representar a Precessão Equinocial que deu início a Era de Peixes e também ao Cristianismo, que é simbolizado pela cruz, assim como propiciou o surgimento das grandes religiões monoteístas atuais.

As figuras usadas atualmente também nos ajudam a decifrar nos símbolos o seu significado.


 

Como a Astrologia interpreta tudo isto?

A moderna Astrologia ocidental, procura no símbolo a explicação do arquétipo.

De fato, com os Signos Astrológicos, podem ser explicadas todas as lendas da mitologia Grega, e mesmo de outras cosmogonias que, em todas as civilizações, nada mais fizeram se não tentar explicar o comportamento do ser humano, desde seu aparecimento sobre nosso planeta até os dias atuais. As diferentes personalidades (explicadas através da complexidade dos signos, posição de planetas e das casas, aspectos, etc.), não mudaram e não mudarão, em sua forma primordial. No entanto, todo o ser humano tem um horóscopo pessoal, único, individual, que nunca é idêntico àquele de outro ser humano. Ele é como sua marca registrada, seu DNA. Nele estão contidas todas as características de seu ser. A astrologia atual ainda está em evolução e continuará sendo assim, como ciência que é. Aberta a todas as informações que possam acrescentar ainda mais riqueza à sua enciclopédia.

Ao estudar seriamente a simbologia das Casas Zodiacais compreenderemos o seu significado usado na interpretação. Apesar da polêmica causada há algum tempo por uma astróloga inglesa e mais recentemente por astrônomos do Minnesota e veiculados pela nossa mídia, que resolveram incluir Asclepius (Ophiuchus - Serpentário) em suas considerações sobre os signos zodiacais, a astrologia tradicional ainda não reconheceu a sua inclusão pelas razões acima citadas. A astronomia o fez desde 1930. Outros planetas ou asteróides (Ceres, Quiron) surgem a cada nova pesquisa dos astrônomos, e Plutão foi rebaixado a planeta-anão, mas nada disso modifica o conhecimento astrológico. À medida que as influências astrológicas destes corpos celestes se farão presentes na humanidade, a astrologia certamente fará uso desse conhecimento. Na Astrologia Védica, que é sideral, considera 12 signos zodiacais levando em conta a precessão dos equinócios e, portanto, atualmente os signos zodiacais estariam colocados na constelação anterior.

No ocidente e partindo do princípio que os arquétipos não mostraram ainda ter se modificado ao longo da história da humanidade, não acreditamos ser necessário, pelo menos de imediato, modificarmos aquilo que a astrologia tradicional nos ensina.

Como já dissemos, o sistema astrológico que denominamos de ocidental, tem seu fundamento nos 360º elípticos a partir do Equinócio da Primavera no hemisfério norte, dividindo-se a órbita em 12 partes iguais de 30º cada uma, que denominamos de Casas. O caminho efetuado pela Terra em seu giro heliocêntrico é o determinador da mudança das estações, assim como a rotação da Terra é determinadora dos dias e das noites. A nossa tradição é baseada na Astrologia do Hemisfério Norte porque a sabedoria dos povos antigos lá residia. Mas, mesmo estando no Hemisfério Sul nada é modificado, já que para a elaboração dos mapas pessoais sempre são consideradas a latitude e a longitude (ou seja o local) do nascimento da pessoa.

Por enquanto, em nossa experiência, a astrologia ocidental continua firme em seus conceitos e todo bom astrólogo traça sem hesitar o perfil psicológico de seu cliente, estabelece os grandes fatos de sua vida, e o aconselha sobre a melhor forma de efetuar suas escolhas e exercer o seu livre arbítrio.

Espero ter ajudado meus leitores a elucidar essas questões polêmicas, mas que são fruto da ignorância! Aguardo seus comentários. Obrigada e uma boa semana a todos, com muita Luz e Harmonia!

São Paulo, 17 de janeiro de 2011

(Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology.)

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