Desconheço a autoria deste divino texto...
Mas deixo para as Mulheres Guerreiras, as Mulheres de Luz...
Já tinha colocado no meu antigo Blog e nos foi enviado pela Bruxa das Plantas...
Amigas Bruxas, grandes guerreiras!!!!
Que assim se faça, que assim se cumpra...
Oxalá...
Muita Luz...
Bruxa Preta
MULHERES GUERREIRAS
Gosto que me chamem de bruxa, porque então posso mudar a direção dos ventos a meu favor.
Gosto que me chamem de demônio, porque posso queimar o leito onde me abusam.
Gosto que me chamem de puta, porque então posso fazer amor com quem me dá vontade.
Gosto que digam que sou frágil, porque me lembram que a união faz a força.
Gosto que digam que sou fofoqueira, porque nada do que é humano me será alheio.
Porém, o que mais agradeço, o que mais me agrada, o que eu mais gosto e o que me faz mais feliz é que me digam que sou louca, porque então nenhuma liberdade me será negada.
Agrada-me saber que meu cérebro é menor que o cérebro do homem, porque então meu cérebro cabe em todos os lugares.
Agrada-me que me digam que careço de lógica, porque então posso criar uma lógica menos fria e mais
vital.
Agrada-me que digam que sou vaidosa, porque posso olhar-me no espelho sem me sentir culpada.
Agrada-me que me digam que sou emocional, porque posso chorar e rir à vontade.
Mil e uma vezes a Inquisição me queimou e
aprendi a nascer das cinzas.
Prenderam-me em um harém e, enclausurada, não deixei de rir.
Colocaram um cinturão de castidade e adquiri a arte de um serralheiro.
Carreguei fardos de lenha e me fiz forte.
Cobriram-me o rosto com véus e aprendi a olhar sem ser vista.
Os filhos me acordaram à meia-noite e aprendi a manter-me em vigília.
Não me enviaram à Universidade e aprendi a pensar por minha conta.
Transportei cântaros de água e soube manter o equilíbrio.
Extirparam-me o clitóris e aprendi a gozar com todo o corpo.
Passei dias bordando e tecendo e minhas mãos aprenderam a ser mais exatas que as de um cirurgião.
Ceifei o trigo e colhi o milho, porém me roubaram a comida e com fome aprendi a viver.
Sacrificaram-me aos deuses e aos homens, e voltei a viver.
Espancaram-me e perdi os dentes, e voltei a viver.
Assassinaram-me e me ultrajaram, e voltei a viver.
Arrancaram de mim meus filhos e, no pranto, voltei à vida.
Agradeço por ser um animal, porque os homens colocaram em perigo a sobrevivência do planeta.
Agradeço por ser mulher porque o homem não é o centro do universo e sim apenas mais um elo perdido na cadeia da vida.
Agradeço que me digam que sou irracional, porque a razão tem conduzido aos piores atos de barbárie.
Agradeço por não ter inventado a tecnologia, porque ela tem envenenado a água e o ozônio.
Agradeço que me tenham colocado mais perto da natureza, porque nunca estarei só.
Agradeço que me tenham confinado ao lar e a família, porque posso fazer de toda a Terra meu lar e minha família.
Estou feliz que me chamem de dona de casa, porque posso apoderar-me da minha.
Estou feliz de não ser competitiva, porque então serei solidária.
Estou feliz de ser o repouso do guerreiro, porque posso cortar-lhe o cabelo enquanto dorme.
Estou feliz de ter sido excluída do campo de batalha, porque a morte não me é indiferente.
Estou feliz de ter sido excluída do poder porque longe do poder me distancio da ambição e da cobiça.
Estou feliz que me tenham excluído da arte e da ciência, porque as posso inventar de novo.
Com tanta fortaleza acumulada, com tantas habilidades e destrezas aprendidas, MULHER, se tentar, conseguirá o mundo do avesso.
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