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domingo, 5 de setembro de 2010

Dança das Estações...

Comprei a revista Bons Fluidos deste mês e achei bem interessante esta máteria de Liane Alves, sobre a dança das estações...
Boa leitura...

Oxalá...



A dança das estações


Não são apenas as flores dos manacás, que tingem as matas de violeta, ou as folhas que despontam novinhas nos galhos das árvores nesse início de primavera. Segundo a sabedoria milenar, há forças invisíveis presentes no ar em cada uma das quatro estações. São elas que dão forma à natureza e influenciam nosso corpo e nossas emoções. Você pode usufruir desse presente do céu e da Terra nas diversas fases do ano.

“É como se um Big Bang ocorresse na natureza e, depois dele, tudo começasse a brotar e surgir. É preciso aproveitar essa energia toda para criar projetos, renovar a vida, fazer novos relacionamentos ou reavivar os antigos”, Wagner Canalonga, presidente da Sociedade Taoista do Brasil

Você, tal com uma orquídea ou um sabiá-laranjeira, faz parte da natureza. Até dentro de um escritório com ar-condicionado ou parada em um congestionamento você não está excluída de tudo que ocorre naquele exato momento à sua volta. Mesmo sem saber, sua energia e seu corpo estão em sintonia com o que acontece num campo florido de cerrado, numa floresta ou na vida que inunda as águas transparentes de um rio. Acredite: paredes não vão conseguir apartá-la do mundo dos organismos vivos e suas leis, nem ruas de asfaltos ou muros de concreto são suficientes para bloquear a ação de forças invisíveis que atuam durante as estações do ano.

De acordo com a tradição chinesa, a energia vital, ou chi, influencia e modula a natureza de forma diferente nesse ciclo. “E isso vale mesmo aqui no Brasil, onde as variações climáticas não são tão nítidas e aparentes”, diz Miriam Leiner, terapeuta de São Paulo com especialização em medicina chinesa. Se essa grande força está presente, onde poderíamos encontrá-la? Ora, no ar que respiramos, nos alimentos que comemos, na terra onde pisamos. Tudo, absolutamente tudo está impregnado dessa energia. “É por isso que devemos comer apenas frutas e legumes da estação. Esses alimentos contêm a força energética do período, estão carregados dela, e é dessa vitalidade específica a cada fase do ano que precisamos nos nutrir”, afirma a terapeuta. “O ideal é que haja harmonia entre o que está dentro e fora de nós”, diz ela.

Veja a seguir como podemos fazer isso, em cada uma das estações, de acordo com as orientações do doutor Marcelo Jovchelevich, formado em medicina ocidental e especializado na medicina tradicional chinesa.

Primavera, onde tudo se inicia
Para os chineses, essa é a estação do vento, que poliniza as flores e está presente em muitos dias desse período. Os orientais se referem tanto ao vento externo, relacionado à natureza, quanto ao interno, responsável pela circulação da energia vital que corre pelo corpo. Por associação, é uma época de grande expansão e força. Mas o vento também pode nos desestabilizar e gerar desequilíbrios. Isso explica por que nesse período podem ocorrer crises de labirintite ou variação de pressão arterial, por exemplo. São igualmente comuns as enxaquecas, pois o vento está relacionado com a parte superior e mais alta do corpo. Apesar de o Sol bribrilhar na primavera, o vento pode trazer um frio “escondido”. Um bom (e delicioso) antídoto para combatê-lo é fazer um escalda-pés à noite. A primavera também está associada ao verde, ao elemento madeira e ao fígado. Por isso, é uma boa época para comer alimentos verdes-escuros e contemplar esses tons na natureza. Dentro do sistema chinês, a emoção ligada ao fígado é a raiva. Para extravasá-la de forma pacífica, procure meditar e fazer sessões periódicas de relaxamento.

Verão, tempo de alegria
Associado ao elemento fogo e ao coração, a estação é favorável para exteriorizar sentimentos e investir em atividades e encontros que trazem otimismo e leveza. O calor convida a estar ao ar livre, a viagens e à diversão. Estar em sintonia com esse período é não trabalhar demais e deixar mais espaço para o relaxamento. Sopas frias e saladas equilibram o excesso do elemento fogo. Alimentos vermelhos, como pimenta, beterraba ou cerejas, apesar de relacionados ao verão, não devem ser consumidos com exagero, para não aumentar demais a energia de atividade e expansão. Em dias de muito calor, ingerir alimentos típicos das épocas mais frias (ver inverno) pode ser uma forma de compensar a temperatura. Na medicina chinesa, essa estação é dividida em dois períodos: o alto verão, mais associado ao coração, ao Sol e ao elemento fogo, e o fim do verão, com seu fecho chuvoso, as chamadas águas de março, período ligado ao baço-pâncreas e ao elemento terra, mais estabilizador. Nesse período marcado pela umidade do ambiente, é importante manter o corpo seco e resguardado, evitando molhar-se muito. Segundo os preceitos chineses, açúcar ou alimentos muito doces geram umidade no organismo. O gengibre ajuda a esquentar e secar o corpo, ativando assim a circulação. A emoção correspondente a esse período de transição para o outono é a preocupação. Portanto, tudo o que nos traz otimismo e leveza, de filmes a livros, é bem-vindo. Evite pensar demais. Alimentos em tons amarelados, como milho, mandioquinha, cenoura, cereais integrais, correspondem ao período.

Outono, uma época tranquila
Para a medicina chinesa, o outono é um tempo fluido e cheio de paz. Está associado aos rins e ao elemento água, portanto, uma boa ideia é nadar e tomar muito líquido – especialmente sucos –, pois se trata de um período mais seco. O sabor picante do agrião ou das pimentas, por exemplo, além de alimentos escuros, como uvas pretas, feijão preto ou algas, correspondem ao período do frio. Uma pitadinha a mais de sal, sem excesso, pode nos harmonizar com a estação. O grande inimigo pode ser a emoção que predomina nesse instante, o medo. Exercícios respiratórios são muito bons para nos livrar de temores, muitas vezes infundados, que podem chegar nessa época. O enraizamento proporcionado pelos exercícios de Chi Kung também é favorável, porque devolve a segurança e a solidez, especialmente a postura que simula abraçar uma árvore, com os pés afastados e bem plantados no chão e os braços em semicírculo em frente ao plexo solar.

Inverno, momento de reflexão
O órgão associado ao inverno é o pulmão; e as emoções, a tristeza, a melancolia, a depressão. É realmente uma fase de recolhimento e interiorização, em que se deve dormir cedo, acordar tarde e descansar muito. Faz bem comer sementes, os frutos do inverno: nozes, avelãs, amêndoas, castanhas. Frutas cozidas ou em calda são melhores do que as cruas. São excelentes também os exercícios em que as pernas se movimentam, como andar de bicicleta, por exemplo, pois trazem energia para combater a tristeza e dão força na base. O elemento do período é o metal, associado à inteligência e capacidade mental. O inverno, portanto, é um bom período para ler, refletir e planejar os próximos meses. Também é momento de poupar energia. Os alimentos brancos correspondem à época: arroz, couve-flor, nabo, cebola, alho, pera. Mas, se o frio apertar, pode ser compensado com alimentos vermelhos (ver verão), que trazem calor e ativam a circulação.



A natureza da natureza

Como podemos aprender o que nos diz a natureza? De que maneira extrair do seu exemplo grandes lições que possam ser aplicadas em nossa vida? Pensando nisso, a artista plástica Susana Uribarri oferece um curso de um dia, em sua própria casa, propondo um absoluto contato com a natureza na serra de Ibiúna, região de Mata Atlântica de São Paulo. “É um day off que você reserva para relaxar, se conhecer, repensar suas metas e estar em contato com o verde”, diz a idealizadora do curso. O aluno é recebido com um restaurador café da manhã. O ambiente é acolhedor, repleto de quadros, panôs, armários antigos e bibelôs. Tudo começa com um passeio pelo jardim ou pelos bosques vizinhos, convidando a observar a paisagem e colher material (folhas, frutos secos, pedras etc) para o trabalho que será feito a seguir. “A proposta é desenhar em conjunto, não com o intuito de fazer uma obra de arte coletiva, mas de nos conhecermos melhor por meio da natureza”, diz Susana. “Esse exercício deixa ver, por exemplo, que uma única folha pode se ramificar em três ou quatro folhinhas miúdas, ou se expandir em cinco ou até sete folhas exuberantes. Por que existe essa diferença? O que faz uma folha se abrir em toda sua magnificência e outra se restringir em suas possibilidades mínimas? Por que uma tem mais oportunidades de expansão do que a outra? E o que eu estou fazendo, na minha vida, para restringir ou expandir meus caminhos?” Assim, questões vão surgindo naturalmente enquanto se desenha. O processo é interrompido por um almoço feito de comida natural e finalizado com um chá da tarde com bolo. “É uma jornada agradável, em que o aluno tem a chance de relaxar, exercitar a sua criatividade e ainda levar consigo algumas boas ideias e resoluções para a vida”, diz Susana.

(Liane Alves: Bons Fluidos, setembro 2010)


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