Hoje, na Pós de Astrologia, estudamos os Trânsitos de Netuno...
Estudar Netuno é ir fundo, nas coisas obscuras, nebulosas, misteriosas do ser...na inconsciência e no inconsciente coletivo...
É aprender a lidar com os sentimentos, com a fé e a espiritualidade,os mistérios que a vida nos mostra...
Sou uma pessoa netuana, na casa 1 em sagitário...como Lydia disse, já nasci com o dom de estar conectada com o universo e com a intuição, visão, clarividência, espiritualidade...Ser Bruxa!!!!!
É com netuno que nos conectamos com o que há entre o céu e a terra, numa evolução pessoal, devendo ajudar e encaminhar os que precisam de minha orientação...
Salve Salve Netuno!!!!!!!
Meu dom, meu destino...minha trajetória na evolução espiritual...
Então deixo Netuno para esta noite de sabádo e amanhã ainda tem mais aula de Astrologia!!!!
Tudo está escrito nas estrelas, só devemos aprender a ler!!!!
Maktub...
Oxalá....
O Simbolismo de Netuno
(por Eduardo Maia - Astrólogo)
Antes da descoberta de Netuno, o signo de Peixes era regido por Júpiter. Esta mudança, no entanto, marcou as novas situações que a alma humana teve de enfrentar, a partir do século XVIII, com as independências (descoberta de Urano); no século XIX, com as novas crenças (Netuno) e no século XX, com as desintegrações (Plutão). Os planetas representam avos da alma humana, mas estas descobertas não significam que o homem não possuía estas parcelas em sua psique que hoje atribuímos aos três planetas invisíveis. O que relamente mudou nos últimos séculos foram as situações que a alma humana está precisando enfrentar, bem diferentes das vividas no passado.
Hoje, a Astrologia atribui a Netuno a regência das crenças, da espiritualidade e da mística. Antes deste planeta ser avistado, todas estas questões eram resolvidas por um organismo legal (as religiões oficiais), estando, portanto, sob o domínio de Júpiter, antigo regente do signo de Peixes. A partir do século XVIII, com o Renascimento, esta tradição foi rompida, a cultura cada vez mais negada e as religiões monoteístas tradicionais - a Hebraica, a Cristã e a Islâmica - começaram a ser consideradas escravizadoras do ser humano. Com isto, o homem ganhou uma nova (e pesada) responsabilidad: a de buscar sozinho a sua própria crença, sem a tutela de uma religião preestabelecida fosse capaz de ligá-lo ao Sagrado.
É nesta época que o novo astro, batizado com o nome do deus dos mares na mitologia grega, surge no céu. A relação simbólica de Netuno nos indica que, a partir do rompimento que ligava o homem à religião, as pessoas precisaram aprender a mergulhar até o fundo de suas emoções para poder acreditar em algo. Nenhum ser humano sobrevive sem crenças. A sociedade industrial no século XX passou a ser um documentário em preto e branco e, para suportá-lo, todos precisaram montar e inserir em suas vidas pelo menos dez minutos de desenho animado. Antes do século XVIII, esta necessidade era menor, já que a sociedade era mais coesa e o nosso "fundo do mar" estava naturalmente relacionado às religiões estabelecidas.
A descoberta de Netuno também acontece no tempo em que terminaram as navegações e a Terra inteira passou a ser navegável. Os mares já eram uma parte ativa do planeta.
Regente do signo de Peixes, Netuno também representa a nossa necessidade de serenidade e inspiração. Por ter estas caractrísticas, é através de seu simbolismo que podemos entender tanto a capacidade que uma pessoa tem de se extasiar com a vida, quanto a de se viciar em comportamentos "anestésicos", capazes de aliviar momentaneamente a sua angústia, mas depois provocar maiores problemas emocionais. É o caso das drogas e de outros comportamentos não reconhecidos oficialmente como vícios, mas que causam efeitos parecidos e se repetem pela mesma razão: falta de serenidade. Dentro do nosso edifício contemporâneo, precisamos sim nos apegar a algo, mas é preciso cuidado para não sermos atraídos por ilusões e fantasias perigosas, incapazes de preencher verdadeiramente a nossa alma.
Na mitologia, Netuno é o primeiro filho de Saturno (o tempo) a ser devorado pelo pai e, após a vitória de Júpiter sobre os Titãs, passa a governar o reino do mar. Netuno prova que não possui nenhum caráter urbano ao perder a disputa da tutela de uma grande cidade grega para Pallas Athena (Atenas), direcionando seus poderes às tempestades, ondas e todo o tipo de água que existe na Terra. A urbe possui uma violência, uma estratificação e uma organização que colidem com seus domínios. Mesmo assim, ele sabe tudo o que acontece em cima do mar, como se tivesse uma espécie de periscópio. A percepção adquirida, através da serenidade e tranqüilidade do seu reino, é exatamente o que chamamos de intuição.
Netuno também emerge, como na vez que disputou a cidade com Pallas. Para nós, ele tem que emergir, já que não é mais possível viver sem uma ficção dentro da convenção de realidade formada hoje em dia. No entanto, tudo que emerge provoca um movimento contrário. Se emergimos algo, temos que prestar atenção para o que está submergindo. Emergindo o progresso, do ponto de vista industrial e tecnológico, é evidente que terá que submergir a arte artesanal. As ciências tradicionais, incluindo a Astrologia, são artesanais e não se enquadram em uma relação de pronta entrega como estamos acostumados nos tempos modernos.
Depois de 200 anos de Renascimento, a Europa, rompendo com as religiões ditas tradicionais, aquelas mesmas regidas por Júpiter, não foi capaz de criar uma religião por ela própria, por isto foi beber no Oriente. Houve uma ruptura da ciência - que deixou de ser filosofia e a filosofia deixou de ser ciência. O progresso emergiu, mas submergiu a tradição, a transmissão de um processo Sagrado. Este movimento também acontece conosco todos os dias, portanto é válido prestarmos atenção no momento em que a ficção e a fantasia estiverem emergindo, para sabermos o que submerge em seus lugares. Aquilo que veio à tona realmente merece confiança? A troca pode não ser positiva, por isto o critério é necessário, caso contrário, ao invés de êxtase, podemos estar vivendo um engano, nos "intasiando"...
A mentira mental é relacionada à Mercúrio, mas a mentira emocional é própria de Netuno. Esta é a pior e a mais perigosa, porque quanto mais sentimos,... menos é verdadeira. É exatamente a repetição da emergência de um estado de ficção como este que caracteriza o vício. É muito mais fácil tocar uma campainha e pedir quatro copos de aguardente que procurar a verdadeira serenidade e o verdadeiro êxtase do reino netuniano. Se precisamos alterar a nossa consciência, esta cachaça tem que vir de dentro para fora e não ao contrário.
A questão do vício e das drogas não é moral, nem relacionada à saúde, mas sim, técnica. Quanto mais agitamos nosso "caldeirão emocional", mais difícil fica de ver as imagens que estão presas ao fundo. Um exemplo claro é a questão da direção no trânsito. Por que é proibido beber? Porque na hora da bebida, você emerge aquilo que considera importante, mas submerge a sua atenção.
Se temos que inserir a fantasia em nossas vidas, é bom observar se ela está sendo criada por um processo ébrio, como o alcoolismo e as drogas, ou por um inébrio, alcançado por aquela cachaça que nasce de dentro para fora de nós. Ou viciamos a nossa realidade emocional ou transcendemos esta mesma realidade. Um passarinho qualquer em um galho de árvore é capaz de inebriar, mas se é difícil enxergar isto, acabamos substituindo o alcance deste estado por outros mais cômodos e instantâneos
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